Blood and love

Hoje senti alguém acordar, um extinto assassino começou a despertar em mim, nunca tinha sentido aquela sensação, queria que minhas mãos estivessem em volta do seu pescoço, apertando cada vez mais, sentindo cada minúsculo osso se rompendo, vendo seus olhos se arregalarem devido à abstinência de oxigênio, isso tudo em minha imaginação me dava um prazer tremendo, talvez se você tivesse ficado calada estivesse agora livre de minha vontade predadora. Antes que eu pudesse te atacar, preferi ir embora, não queria acabar com minha vida agora.

Aquilo me consumia, quanta agonia começava a exalar, minha vontade de ter a tua vida era insuportável, aquilo não podia ser eu, não era um monstro, mas desejava carnificina, teu sangue parecia morfina ao qual eu necessitava usar, perdido na noite, tempo frio e ar de enxofre, começo a me embriagar, te encontro em uma ponte sem ninguém que me afronte e sinto vontade de te amar, sem nenhuma relutância se entrega, com volúpia se esfrega, milhões de choques a me causar.

Ao fim de tudo ao pé do ouvido, ouso o zumbido de lamina ao se desencapar, fria como gelo penetrando em pesadelo começo a desabar, chegando mais perto dá-me um beijo e eu desperto do sonho mais horrível que já vim a sonhar, abrindo os olhos bem depressa olho uma peça, uma roupa de gênero que eu não iria usar, olhando para a cama vejo você dama pronta para matar, sonho ou pesadelo me rendo ao desejo de novamente te amar.

Paulo Victor Moreira (11/08/2012)

Segunda Chance

Meus caros aqui vai a continuação da historia de ontem, espero que gostem... Saboreiem!

Já era noite e diante do luar o infeliz pássaro pôs-se a se transformar

Curvas belas de mulher, rosto angelical e um olhar cortante e carnal

Aquela era Maria novamente, tentando, de repente, alguém ajudar

Ela sabia que ele não a amava, mas o que importava?

O coração de Maria falou mais alto, e em um assalto lançou seu beijo

O beijo de Maria o fez estremecer, cada parte do seu corpo a se aquecer

A vontade de salvá-lo deu a Maria uma chance, mas o fim de seu calvário estava distante

A maldição se quebrou, e no beijo de Maria ele encontrou a saída

A dor do amor, outrora um horror, se perdeu com o luar

Maria foi junto com noite, procurar uma egressão

Esperando um dia sair da solidão em que ficou seu coração

Paulo Victor Moreira (09/08/2012)

Alternativa

Meus adoráveis leitores aqui está uma historia que faz parte das historias de Maria, logo logo ela terá sua continuação. Boa leitura!

A inspiração que antes enchia meu coração agora se converteu em um profundo poço onde só vejo solidão

Cansado de ser ferido, já todo abatido e com o peito destruído de tantos impactos levar, decidi que era de hora por um fim

Foi numa poça que vi minha imagem e tive coragem de ver o que sou, no que me tonei, o que pra sempre serei

Marcado para sempre com o veneno da serpente que veio me amaldiçoar, condenado e isolado sem ter quem me amar

Em meu bolso jaz a alternativa, a chave da vida que irá me levar

Gélida e mórbida ouso seu chamado: ”venha meu amado”

Sua cor atraente me faz descrente do que possa causar

Decidido ao fim de minha vida chegar, preparo-me para liquido da morte tomar

Antes que eu o faça, cheio de graça um pássaro vem me perturbar

Negro como a noite, usou suas garras em açoite e minha liberdade ousou quebrar

Desvairado com o acontecido, tento enlouquecido poucas gotas salvar

Nada restou, só a vontade da dor do amor sessar

Paulo Victor Moreira (09/08/2012)