Hoje
senti alguém acordar, um extinto assassino começou a despertar em mim, nunca
tinha sentido aquela sensação, queria que minhas mãos estivessem em volta do
seu pescoço, apertando cada vez mais, sentindo cada minúsculo osso se rompendo,
vendo seus olhos se arregalarem devido à abstinência de oxigênio, isso tudo em
minha imaginação me dava um prazer tremendo, talvez se você tivesse ficado
calada estivesse agora livre de minha vontade predadora. Antes que eu pudesse
te atacar, preferi ir embora, não queria acabar com minha vida agora.
Aquilo
me consumia, quanta agonia começava a exalar, minha vontade de ter a tua vida
era insuportável, aquilo não podia ser eu, não era um monstro, mas desejava
carnificina, teu sangue parecia morfina ao qual eu necessitava usar, perdido na
noite, tempo frio e ar de enxofre, começo a me embriagar, te encontro em uma
ponte sem ninguém que me afronte e sinto vontade de te amar, sem nenhuma
relutância se entrega, com volúpia se esfrega, milhões de choques a me causar.
Ao
fim de tudo ao pé do ouvido, ouso o zumbido de lamina ao se desencapar, fria
como gelo penetrando em pesadelo começo a desabar, chegando mais perto dá-me um
beijo e eu desperto do sonho mais horrível que já vim a sonhar, abrindo os
olhos bem depressa olho uma peça, uma roupa de gênero que eu não iria usar,
olhando para a cama vejo você dama pronta para matar, sonho ou pesadelo me
rendo ao desejo de novamente te amar.
Paulo
Victor Moreira (11/08/2012)
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