quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Blood and love



Hoje senti alguém acordar, um extinto assassino começou a despertar em mim, nunca tinha sentido aquela sensação, queria que minhas mãos estivessem em volta do seu pescoço, apertando cada vez mais, sentindo cada minúsculo osso se rompendo, vendo seus olhos se arregalarem devido à abstinência de oxigênio, isso tudo em minha imaginação me dava um prazer tremendo, talvez se você tivesse ficado calada estivesse agora livre de minha vontade predadora. Antes que eu pudesse te atacar, preferi ir embora, não queria acabar com minha vida agora.
Aquilo me consumia, quanta agonia começava a exalar, minha vontade de ter a tua vida era insuportável, aquilo não podia ser eu, não era um monstro, mas desejava carnificina, teu sangue parecia morfina ao qual eu necessitava usar, perdido na noite, tempo frio e ar de enxofre, começo a me embriagar, te encontro em uma ponte sem ninguém que me afronte e sinto vontade de te amar, sem nenhuma relutância se entrega, com volúpia se esfrega, milhões de choques a me causar.
Ao fim de tudo ao pé do ouvido, ouso o zumbido de lamina ao se desencapar, fria como gelo penetrando em pesadelo começo a desabar, chegando mais perto dá-me um beijo e eu desperto do sonho mais horrível que já vim a sonhar, abrindo os olhos bem depressa olho uma peça, uma roupa de gênero que eu não iria usar, olhando para a cama vejo você dama pronta para matar, sonho ou pesadelo me rendo ao desejo de novamente te amar.
Paulo Victor Moreira (11/08/2012)

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