segunda-feira, 11 de maio de 2015

THE MOON SONG


De todos os sentimentos sentidos, de todos os beijos beijados, de todos os carinhos trocados eu me vi ali, simplesmente sem chão, um frio na barriga. O que dizer sobre o que eu sinto, não sei se minto, pois é um sentimento faminto, uma fome incontrolável de ter você. Exagerado, extremado, elevado ao mais alto grau, te dizer, isso eu jamais farei, talvez se eu disser você escape como o ar dos meus pulmões, e se eu não te respirar, morrei sem ar, morrerei sem teu cheiro, ah o teu perfume, intenso como ciúmes, quando o sinto fecho os olhos e imagino um céu cheio de vagalumes, assim como as estrelas que um dia eu vi ao estar contigo, seria clichê se eu disse-se que elas brilhavam pra mim, por mim ,por você? É estranho o que eu sinto, estranho por que não sei descrever, e quando tento me vejo perdido em pensamentos, pensamentos que levam até você. As vezes me pergunto se é verdade, se estou dentro das minhas sanidades, será que estou na realidade, ou será que você não é só mais uma loucura da minha cabeça, será que não é uma criação do meu perdido mundo esquizofrênico? Nesse momento eu posso estar nos teus braços, seguro e confortável, ou ironicamente dentro de um quarto branco acolchoado. Não quero pensar nisso agora, pois sinto você perto, perto e quente, como o calor do deserto. Não quero pensar no amanhã. Não quero pensar no depois. Sei que nunca nos jogarão arroz. Sei que talvez não seja pra todo o sempre, porém, se de repente eu vier a sua mente, e você quiser me ver, eu vou estar aqui, esperando o teu colo, ainda lembrando do doce beijo, do doce olhar, esperando pra dormir tranquilo a teu lado. E então, quando você se for, eu ficarei só, ao som da lua.
Paulo Victor S. Moreira (12/05/2015)

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