Acordar
e nem ao menos saber seu nome, era o que ela queria, era o que ela precisava, o
sabor da liberdade exalava em vivacidade dos olhares que ela espalhava, sair e
viver um pouco sem ter que olhar pra trás, mas o que tinha mesmo para se
lembrar? Ela não sabia mais o que tinha deixado, aquilo tudo já havia passado.
O agora ela via e insanamente sorria, pulava gritava na água gelada da chuva
encantada que fortemente a banhava, sua roupa molhada ficava colada e
sensualmente seu corpo mostrava pra quem quisesse olhar.
O
olhar dele a arrebatou, o pudor novamente encarnou, mas sem nenhum ele a
encarou, se sentia pelada, o rapaz a contemplava, com sede estampada de se
aproximar, ela então em desafronto ao medo e espanto decidiu ir até lá falar, a
chuva ainda caia forte, raios lampejavam a norte, refletindo a pele branca de
dama da morte, sem esforço aparente, ele a levantou de repente perto o
suficiente pra sentir brandamente o calor febril dele forte a irradiar. Tão
alto quanto ela, tão forte quanto ela, de cheiro inebriante e tentador para
ela, ao seu rosto à observar, a vontade tentadora de beija-lo.
Quebrando
o silencio da moça, com voz cheia de força seu nome ele veio a perguntar, se um
trovão veio junto não havia como dizer, mas o som a fez baixinho gemer, passado
isso, nem sabia o que dizer, o que iria fazer?! Nem mesmo seu nome lembrava
para ao homem responder. Percebendo que a moça nada falava, em abraço como uma
laçada, disse a ela que Victor era o seu nome e que ali o nome dela não
importava. Sem nem esperar, o beijo a veio explorar, transbordando o
pensamento, a inundando de sentimentos, mergulhando no momento.
Ainda
sentindo a sensação, despertou inebriada com mais um trovão, não sabia o que
tinha sido aquilo, tinha que ser real, a pele ainda quente onde ele a tocava,
nem de longe podia ter sido nada, obstinada sabia que ele existia, seu nome
jamais esqueceria, pois era só isso que dele trazia.
Paulo Victor Moreira (04/05/2014)
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