sábado, 28 de julho de 2012

Pássaro negro



Caros leitores esta aqui, como prometido, a terceira historia de Maria, não sei se será a ultima, Maria é imprevisível! Deliciem-se!


Maria voltou como o vento, que se vai com o tempo, mas que retorna em algum momento
Diferente, ardente e quente chegou de repente, linda e perigosa como uma serpente
A doce e jovem Maria cansada da agonia decidiu se rebelar e ir embora viajar
Apareceu junto com uma tempestade cheia de vontade pronta a ser majestade
A chuva caia e Maria queria seu cavaleiro que a encantaria
Logo a noite ela saiu e por onde passava deixava homens feito brasa
Deixando seu perfume, causando ciúme Maria procurava
Para cada homem que sorriu, fez neles subir um arrepio
Maria chegou á seu destino, um grande e belo casino
A noite inteira ficou a procurar, mas sem encontrar, decidiu com o mais belo ficar
Dando a ele sua melhor noite, logo cedo o acordou com um açoite
Mandou-o embora como se fosse senhora, pronta a escravizar
Logo depois, deitada na grama lembrou-se de quando estava na lama e do único que a quis ajudar
Pondo-se a levantar cruzou com meu olhar
Paralisada, alucinada e excitada um belo sorriso abriu
Chegando perto, de braços abertos parou a me olhar
Uma lagrima caiu, Maria se despiu e começou a mudar
A maldição se cumpriu e Maria ruiu
Maria finalmente amou e um pássaro negro se tornou
Antes de voar, me disse que iria sempre me acompanhar e me aconselhar
Mesmo pássaro era tão bela, pena que meu coração não pertencia a ela
Quando na solidão, lembro-me do quão Maria queria alguém para a amar
Pondo-me em seu lugar, começo a pensar
Quão parecida és com o meu viver
Maria agora espera pelo fim, ajudando a mim
Tentando compensar o rumo de vida que decidiu tomar
Meu amor arde como o de Maria, que um dia só quis amar
Dentro de mim começou uma rebelião que mancha meu coração em escuridão
A maldição se retomando e em anjo negro me transformando!
Paulo Victor Moreia (25/07/2012)

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Teus beijos



Tenho inveja da morte, igual tenho raiva da sorte das pessoas que conseguem não amar, amor é dor que arde em cor até te matar, como uma erva daninha te engalfinha e te definha até nada restar, sinto que não mais respiro e no ultimo suspiro tento me soltar, já sem folego peço-te socorro, vem me ajudar.
Não resta-me mas nada, se não a vontade de te beijar, com o mais doce dos beijos te acariciar, e a cada parte do corpo que eu tocar sentir tua pele se arrepiar, voluptuoso aqui estou, esperando pelo momento em queira desfrutar do ardente e incessante corpo do teu homem. Toda vez que me pedes carinho, viro teu brinquedinho sempre pronto a te saciar.
Teus beijos ardentes de desejo me despertam de um pesadelo que nunca quis afundar, saio da lama, para me deitar em tua cama e tuas vontades por enquanto sessar, quem sabe outrora me afogue no mar, mas feliz vou descansar se dos teus beijos eternos eu puder desfrutar.
Paulo Victor Moreira (10/07/2012)

Despertar de Maria




Caros leitores aqui esta a segunda parte da historia de Maria, depois de algum tempo decidi que essa historia terá continuação, aguardem!

Voltando a falar de Maria
Que tanto me traz inspiração
Jovem moça, que cedo ficou sem coração
O coração de Maria
Cansado de ser arranhado, partido, quebrado, polido, colado e concertado
Decidiu parar de bater
Logo ela pensou
Sem vida e em cacos ficou pelo chão, aquele que por ti pulsou em vão
Sem ninguém para á escutar, Maria decidiu se matar
Se matar para que? Tu Já estas morta! – disse uma voz
Assustada, Maria procurou pelo emissor
Mas em horror, chorou com pavor
Assustada e acorda percebeu que era sonho
Deve ter sido o jantar suponho
Olhando para o lado começou a matutar
Será que devo mudar?
Levantou e se vestiu
Com roupas de teor nada sutil
Aquela era Maria renovada
Pronta para ser contestada
Louca para ser amada
Tomara que com sorte
Se mantenha acordada.
Paulo Victor Moreira (21/06/2012)

quinta-feira, 19 de julho de 2012

O fim



Sentado olhando uma construção, pensando com observação no motivo pelo qual abandonei meu coração, levei bastante tempo para construí-lo assim como estas pessoas também levarão para terminar esta obra, no entanto espero que ela dure mais tempo que meu coração ou que pelo menos não seja abandonada... Mesmo se for, outra casa, prédio, monumento ou qualquer coisa poderá ser colocada no lugar, mas meu coração não retornará, que azar foi me apaixonar e sem nem pensar me entregar.
Tarde de mais meu querido rapaz, pensar como um conservador é um horror, podes simplesmente limpar o lugar, e começar a tratar para uma reforma começar! – procurei pela voz, percebi que era de um abutre algoz.- Em contra reposta surgiu do jardim uma flor de jasmim que disse para mim: Se já tens teu amor lutes com fulgor, deixe de lado teu lado afanado e como um cavaleiro corre em derradeiro atrás de teu grande e eterno amor.
Infelizmente nem pude sair do lugar, antes de conseguir me levantar comecei a desabar e sem conseguir respirar, comecei a arfar, na minha agonia me percebi o quanto sofria, toquei no meu peito e notei meu erro perfeito, afogado em solidão abandonei meu coração, e sem explicação tudo se tornou escuridão, pude te ver chegar antes de fechar meu olhar, no beijo final proferi um grunhido animal causado por uma dor descomunal, as ultimas palavras que te ouvi dizer foram “jamais vou te esquecer”, e assim meu fim chegou, a morte me levou, minha alma partiu deixando com frio aquele que tanto te pediu, atenção e amor.
Paulo Victor Moreira (11/07/2012)

Amor daninho



Hoje decidi me desligar, dos plugs e tomadas me desconectar, cansei de ser tratado como segundo plano, quero ser tua decisão, não simplesmente uma opção. Sentei em baixo da arvore que tanto me traz paz, me lembrei de quando olhava para o céu e não pensava em você, será que ficas assim, quando sente minha falta? Tenho a impressão que não, e só de pensar sinto meu coração se perturbar, tu fincastes em meu coração uma semente, que as raízes envolveram de tal forma que jamais poderei retirar, tenho medo de te perder, mas odeio ter de sofrer cada vez que infelizmente eu não posso te ver.
Tenho medo de que um dia a terra onde plantastes o teu amor canse de ter seus nutrientes sugados, e passe a ser seca, sem vida e amarga como o mais forte fel que já existiu. Uma terra que não é tratada acaba prejudicando a planta, ela definha e deixa de dar frutos, no fim talvez você perceba que ela precisa de ajuda, espero que quando percebas não seja tarde demais, espero que não me deixe para traz.
Vejo as nuvens dançarem no céu, bailando em uma dança que parece não ter fim, o sol decidiu brilhar hoje com intensidade, os pássaros cantam suavemente de forma a não irritar meus ouvidos, a brisa leve ameniza o calor, acho que tudo para tentar me alegrar, mas como posso eu me alegrar sem teus abraços e afagos para me fazer sonhar, sonhar nas nuvens, tocando o sol, voando como um pássaro, sentindo o vento... E em algum momento me afogar em um sentimento que não venha a me sufocar!
Paulo Victor Moreira (11/07/2012)

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Desilusão



Caros leitores este texto terá duas versões, essa é a primeira fiquem atentos para a segunda, vocês iram adorar!

Há algum tempo conheci Maria, uma doce e jovem moça, de aparência forte e difícil de interpretar, no entanto, por dentro Maria era só mais uma sonhadora, sempre teve a ilusão que um dia apareceria seu príncipe encantado. Maria se apaixonou cedo, com 16 anos encontrou seu verdadeiro amor, já havia flertado, beijado e até experimentado certos prazeres da carne, mas nunca tinha sentido aquela sensação louca, ficava horas esperando seu amado lhe chamar pelo lado de fora da casa, um bilhete que fosse, seu rosto se manchava de decepção quando enganada pensava ter ouvido a voz do seu cavaleiro de armadura dourada, corria até a janela e não havia nada, os dias passavam e Maria cada vez mais mergulhava naquela paixão, seu amado, constantemente ausente, nem notava o teor de amor que emanava de Maria quando estavam á sós, em seus momentos de carinho, em seus momentos de perdição.
Os momentos de solidão de Maria tornaram-se cada vez mais extensos, foi então que Maria começou sua sina de sofrimento por seu grande amor, trocas de carinho em intervalos cada vez maiores, beijos se tornaram raros e preciosos como joias, tempo para os dois? Quase impossíveis. Ela havia feito planos para o futuro, planos perfeitos para aquela mente apaixonada, planos que foram soterrados, quando um dia seu bem querer sem perceber deixou escapar para amigos que tinha planos de se mudar, outra cidade, outra maneira de levar a vida, menos tempo para Maria, naquele momento lagrimas se conterão, se guardaram para mais tarde, como ele podia dizer aquilo?- pensou Maria, decepcionada Maria decidiu partir, ir para casa na companhia do seu melhor amigo naquele momento, eu.
Naquela noite Maria não chorou, não gritou, muito menos ficou triste, conversou comigo de forma alegre, fiquei até preocupado, já era tarde quando chegamos à porta de sua casa, mas como morava sozinha me convidou para entrar, logo que passamos pela porta Maria se transformou, com um olhar selvagem passeava por meu corpo, fechou a porta e virando seu rosto me beijou, um beijo intenso e avassalador, levou-me ao seu quarto e lá fez com que eu a ama-se como nunca amei ninguém, como ela conseguiu aquilo? Logo que acordei avistei Maria, vestida de uma forma incomum, perguntei que roupas eram aquelas, ela disse: isso? É como sou de verdade, acordei para vida.
Continua...
Paulo Victor Moreira (21/06/2012)

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Das cores nosso amor



Quando pequenino sentia que o meu mundo não tinha cor, com o tempo fui aprendendo a levar a vida, sempre procurando aprender e absorver cores, a primeira que conheci foi o azul, cor de cunho correto ao meu gênero, mas insatisfeito o misturei ao rejeitado amarelo, foi ai que surgiu o meu verde, mas ainda insaciado busquei mais e conheci o forte e quente vermelho, logo me apaixonei, no entanto minha infinda busca continuei, vermelho e amarelo acidentalmente me mostraram o laranja, a união de vermelho e azul criou o roxo, cansado de aos preceitos me curvar, decidi me rebelar, aos 15 anos conheci o o cor de rosa, com seu jeito todo prosa, em minha vida algo ainda não estava certo, não sabia explicar, já tinha o domínio das cores, o que podia faltar?
No ano seguinte procurando por aventura, tendo cores em fartura, te avistei a passear, fiquei ali parado, todo abobalhado, o mundo girando, as horas passando e eu a ti encarar. Foi ai que percebi teu mundo sem cor, chegando de mansinho, conversamos baixinho, logo uma amizade surgiu, e de um jeito sutil comecei a te pintar, a cada espaço preencher, até tu perceber que eu estava a ti gostar. Foi num lugar, sem ninguém para olhar que o primeiro beijo aconteceu, nossa aquarela brotou e tu finalmente me amou.
Das cores surgiu nossa historia, que para sempre ficará em minha memoria, quero continuar a ti colorir quando tristes tu te sentir, quando tua cor faltar eu vou estar lá, ao teu lado quero ficar para da felicidade desfrutar, em cada tinta te desejo o meu beijo, em cada cor verás meu amor, e toda vez que  o nosso sol não brilhar eu não vou descansar até conseguir colocar o mais belo sorriso em teu olhar.
Paulo Victor Moreira (22/06/2012)

Incompleto



Aqui estou eu pensando em você, e para esquecer tento escrever.
Amo-te tanto que meu pranto sem encanto, fica de canto.
De canto, em canto, sem descanso, me espanto.
Agora fico desejando te ter, mas me contentaria somente te ver.
Ver de longe, ver de perto, te tocar ou somente te esbarrar.
Melancólico, triste e sozinho eu espero por ti.
Acordo, durmo, sonho, pelo menos em meus loucos devaneios te vejo perto ali.
Horas perco a pensar, cogitar, a meditar quando poderei te monopolizar?
Durmo triste quando não te vejo e acordo destruído quando não te percebo.
Perco-me a pensar em quando poderei ardentemente te beijar.
Hoje lá fora chove, e assim nem ao menos posso contemplar o luar.
Debaixo de luares marcas deixastes, sorvendo com desejo minha pele como se fosses  percevejo.
Incompleto sem você, feliz por te ter, desgraçado por tanto te querer.
Meus dias se transformam quando nuvens negras se formam.
Tudo fica cinza, tudo fica sem cor, meu coração arde em pavor.
Esquece o mundo, lembra-te de nós, completa-te comigo ouve o que vos digo.
Sou teu amor, teu calor, o único que já te causou torpor.
Paulo Victor Moreira (15/06/2012)

Flor amarela


Flor amarela como és bela
Mesmo caída
Não parece abatida
Tons de amarelo
Tons de laranja
Quanta beleza tu esbanja
Começando a murchar
Continuas a enfeitar
Sem nem um segundo descansar
Pergunto-me qual vantagem tem essa fatalidade
E sem obter resposta
Penso em uma proposta
Imortalizo-te com minhas palavras
E tu me ensinas com felicidade viver
Pois preciso assuntos tristes esquecer
Olhando ainda encantado
Começo a sentir a dor e fado da solidão
Por que raios te dei o meu coração?
Nesse momento senti tua mão me tocar
Virei à cabeça e cruzei com teu olhar
Naquele instante lembrei-me da flor
Que com beleza e amor
Nem em seu leito descansou
Vendo minha tristeza
Puxa-me com leveza
Em um cinjo colossal
Sem querer, despertas o meu lado mais animal
Um beijo em fúria
Pitadas de luxuria
Sons plangentes
Grunhidos indecentes
Começo a delirar
Minhas pernas a bambear
E prendendo o ar
Sinto que estou a voar
Olhando para o chão
Percebo com emoção
Que o trato se impendeu
E aqui estou eu
Feliz como prometeu
Ó flor amarela
Como és bela.

Paulo Victor Moreira (21/06/2012)

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Flor seca




Hoje cedo quando acordei lá estava ela no chão, jogada, murcha e seca... Em seus últimos momentos de vida, lutando para que até mesmo em seu fim alguém pudesse olhar seu findo resquício de beleza. Já desfalecida não notou minha presença, muito menos que o seu ultimo esforço havia sido alcançado, lá estava eu, o único naquele dia de sol, a contemplar aquilo que para muitos significava morte, mas que para mim significou esperança, força de vontade e acima de tudo coragem, pois nós seres humanos dotados de infindos conhecimentos muitas das vezes não somos capazes de perseguir nossos sonhos, desistimos, deixamos em segundo plano, simplesmente abandonamos... E assim infindas vezes deixamos de tocar alguém tão profundamente quanto aquele pequeno ser me tocou ou consentimos que nossos sentimentos e ideais fiquem trancados no fundo de um baú sujo e escuro.
No momento em que a toquei fiquei impressionado, como mesmo depois de morta podia ser tão bela? Surgiu-me inspiração, coração cheio de emoção, e no lampejo de alucinação, recordei então que precisava acordar, minha vida mudar, estou sempre fugindo, não digo o que sinto, nem faço o que quero. Perdido em sentimentos não aproveito momentos, pensando em ti, talvez esse tenha sido o erro daquele ser minúsculo, acordou tarde. Guardou demais sua beleza, não em vão, pelo menos em seus segundos finais pôde mostrar a alguém o fatídico erro de sua existência.
Em detrimento aquele momento guardeia comigo, lembrarei para sempre da sensação que me causou, do torpor que senti, por incrível que pareça continuo perdidamente apaixonado por ti, hoje despertei, não sei se novamente sonharei... Desperte comigo, quero ser teu eterno amigo, amado e o único namorado.
Paulo Victor Moreira (20/06/2012)