sexta-feira, 6 de julho de 2012

Flor seca




Hoje cedo quando acordei lá estava ela no chão, jogada, murcha e seca... Em seus últimos momentos de vida, lutando para que até mesmo em seu fim alguém pudesse olhar seu findo resquício de beleza. Já desfalecida não notou minha presença, muito menos que o seu ultimo esforço havia sido alcançado, lá estava eu, o único naquele dia de sol, a contemplar aquilo que para muitos significava morte, mas que para mim significou esperança, força de vontade e acima de tudo coragem, pois nós seres humanos dotados de infindos conhecimentos muitas das vezes não somos capazes de perseguir nossos sonhos, desistimos, deixamos em segundo plano, simplesmente abandonamos... E assim infindas vezes deixamos de tocar alguém tão profundamente quanto aquele pequeno ser me tocou ou consentimos que nossos sentimentos e ideais fiquem trancados no fundo de um baú sujo e escuro.
No momento em que a toquei fiquei impressionado, como mesmo depois de morta podia ser tão bela? Surgiu-me inspiração, coração cheio de emoção, e no lampejo de alucinação, recordei então que precisava acordar, minha vida mudar, estou sempre fugindo, não digo o que sinto, nem faço o que quero. Perdido em sentimentos não aproveito momentos, pensando em ti, talvez esse tenha sido o erro daquele ser minúsculo, acordou tarde. Guardou demais sua beleza, não em vão, pelo menos em seus segundos finais pôde mostrar a alguém o fatídico erro de sua existência.
Em detrimento aquele momento guardeia comigo, lembrarei para sempre da sensação que me causou, do torpor que senti, por incrível que pareça continuo perdidamente apaixonado por ti, hoje despertei, não sei se novamente sonharei... Desperte comigo, quero ser teu eterno amigo, amado e o único namorado.
Paulo Victor Moreira (20/06/2012)

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