segunda-feira, 9 de julho de 2012

Flor amarela


Flor amarela como és bela
Mesmo caída
Não parece abatida
Tons de amarelo
Tons de laranja
Quanta beleza tu esbanja
Começando a murchar
Continuas a enfeitar
Sem nem um segundo descansar
Pergunto-me qual vantagem tem essa fatalidade
E sem obter resposta
Penso em uma proposta
Imortalizo-te com minhas palavras
E tu me ensinas com felicidade viver
Pois preciso assuntos tristes esquecer
Olhando ainda encantado
Começo a sentir a dor e fado da solidão
Por que raios te dei o meu coração?
Nesse momento senti tua mão me tocar
Virei à cabeça e cruzei com teu olhar
Naquele instante lembrei-me da flor
Que com beleza e amor
Nem em seu leito descansou
Vendo minha tristeza
Puxa-me com leveza
Em um cinjo colossal
Sem querer, despertas o meu lado mais animal
Um beijo em fúria
Pitadas de luxuria
Sons plangentes
Grunhidos indecentes
Começo a delirar
Minhas pernas a bambear
E prendendo o ar
Sinto que estou a voar
Olhando para o chão
Percebo com emoção
Que o trato se impendeu
E aqui estou eu
Feliz como prometeu
Ó flor amarela
Como és bela.

Paulo Victor Moreira (21/06/2012)

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