Flor
amarela como és bela
Mesmo
caída
Não
parece abatida
Tons
de amarelo
Tons
de laranja
Quanta
beleza tu esbanja
Começando
a murchar
Continuas
a enfeitar
Sem
nem um segundo descansar
Pergunto-me
qual vantagem tem essa fatalidade
E
sem obter resposta
Penso
em uma proposta
Imortalizo-te
com minhas palavras
E
tu me ensinas com felicidade viver
Pois
preciso assuntos tristes esquecer
Olhando
ainda encantado
Começo
a sentir a dor e fado da solidão
Por
que raios te dei o meu coração?
Nesse
momento senti tua mão me tocar
Virei
à cabeça e cruzei com teu olhar
Naquele
instante lembrei-me da flor
Que
com beleza e amor
Nem
em seu leito descansou
Vendo
minha tristeza
Puxa-me
com leveza
Em
um cinjo colossal
Sem
querer, despertas o meu lado mais animal
Um
beijo em fúria
Pitadas
de luxuria
Sons
plangentes
Grunhidos
indecentes
Começo
a delirar
Minhas
pernas a bambear
E
prendendo o ar
Sinto
que estou a voar
Olhando
para o chão
Percebo
com emoção
Que
o trato se impendeu
E
aqui estou eu
Feliz
como prometeu
Ó
flor amarela
Como
és bela.
Paulo Victor Moreira (21/06/2012)
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