Sentado
olhando uma construção, pensando com observação no motivo pelo qual abandonei
meu coração, levei bastante tempo para construí-lo assim como estas pessoas
também levarão para terminar esta obra, no entanto espero que ela dure mais
tempo que meu coração ou que pelo menos não seja abandonada... Mesmo se for,
outra casa, prédio, monumento ou qualquer coisa poderá ser colocada no lugar,
mas meu coração não retornará, que azar foi me apaixonar e sem nem pensar me
entregar.
Tarde
de mais meu querido rapaz, pensar como um conservador é um horror, podes
simplesmente limpar o lugar, e começar a tratar para uma reforma começar! –
procurei pela voz, percebi que era de um abutre algoz.- Em contra reposta
surgiu do jardim uma flor de jasmim que disse para mim: Se já tens teu amor
lutes com fulgor, deixe de lado teu lado afanado e como um cavaleiro corre em
derradeiro atrás de teu grande e eterno amor.
Infelizmente
nem pude sair do lugar, antes de conseguir me levantar comecei a desabar e sem
conseguir respirar, comecei a arfar, na minha agonia me percebi o quanto sofria,
toquei no meu peito e notei meu erro perfeito, afogado em solidão abandonei meu
coração, e sem explicação tudo se tornou escuridão, pude te ver chegar antes de
fechar meu olhar, no beijo final proferi um grunhido animal causado por uma dor
descomunal, as ultimas palavras que te ouvi dizer foram “jamais vou te
esquecer”, e assim meu fim chegou, a morte me levou, minha alma partiu deixando
com frio aquele que tanto te pediu, atenção e amor.
Paulo Victor Moreira (11/07/2012)
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