quinta-feira, 19 de julho de 2012

O fim



Sentado olhando uma construção, pensando com observação no motivo pelo qual abandonei meu coração, levei bastante tempo para construí-lo assim como estas pessoas também levarão para terminar esta obra, no entanto espero que ela dure mais tempo que meu coração ou que pelo menos não seja abandonada... Mesmo se for, outra casa, prédio, monumento ou qualquer coisa poderá ser colocada no lugar, mas meu coração não retornará, que azar foi me apaixonar e sem nem pensar me entregar.
Tarde de mais meu querido rapaz, pensar como um conservador é um horror, podes simplesmente limpar o lugar, e começar a tratar para uma reforma começar! – procurei pela voz, percebi que era de um abutre algoz.- Em contra reposta surgiu do jardim uma flor de jasmim que disse para mim: Se já tens teu amor lutes com fulgor, deixe de lado teu lado afanado e como um cavaleiro corre em derradeiro atrás de teu grande e eterno amor.
Infelizmente nem pude sair do lugar, antes de conseguir me levantar comecei a desabar e sem conseguir respirar, comecei a arfar, na minha agonia me percebi o quanto sofria, toquei no meu peito e notei meu erro perfeito, afogado em solidão abandonei meu coração, e sem explicação tudo se tornou escuridão, pude te ver chegar antes de fechar meu olhar, no beijo final proferi um grunhido animal causado por uma dor descomunal, as ultimas palavras que te ouvi dizer foram “jamais vou te esquecer”, e assim meu fim chegou, a morte me levou, minha alma partiu deixando com frio aquele que tanto te pediu, atenção e amor.
Paulo Victor Moreira (11/07/2012)

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